A inflação no atacado aumentou 0,9% em abril nos Estados Unidos, acima do esperado, por causa na alta nos preços da energia. O óleo combustível para aquecimento doméstico subiu 13,7% e a gasolina, 12,3%. Mas o núcleo da inflação, expurgados os preços da energia e dos alimentos, aumentou apenas 0,1%. Isto tranqüilizou o mercado, que nos últimos dias dava como certo que as pressões inflacionárias levariam o Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos Estados Unidos, a elevar novamente a taxa básica de juros, hoje em 5% ao ano, na sua próxima reunião, no final de junho.
Agora, os analistas estão mais confiantes em que pode começar a trégua no aperto monetário anunciada pelo novo presidente do Fed, Ben Bernanke. Mas para ter a certeza de que a inflação americana está sob controle, aguarda a divulgação hoje do índice de preços ao consumidor.
Os preços de produtos primários como cobre e aço também aumentam os custos. Isto não impediu um crescimento de 0,8% na produção industrial no mês passado. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos empregados no processo produtivo) cresceu 1,8%, numa indicação de que as empresas estão investindo no aumento da produtividade.
Em abril, a indústria americana usou 81,9% de sua capacidade instalada, contra 81,4% em março. Mas a construção de novas casas caiu 7,4%.
A Bolsa de Valores de Nova Iorque e a Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, fecharam em queda. Os altos preços do produtos primários e o desapontamento com os resultados da cadeia de lojas Home Depot neutralizaram os dados positivos sobre a inflação.
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