segunda-feira, 29 de maio de 2006

Onda de ataques mata pelo menos 60 no Iraque

Pelo menos 60 pessoas, inclusive dois jornalistas a serviço da TV americana CBS, morreram hoje no Iraque numa série de explosões. Entre os principais alvos, estavam ônibus que transportavam cidadãos comuns.

No atentado mais sangrento, 14 pessoas morreram e outras 17 saíram feridas quando uma bomba destroçou um ônibus que levava trabalhadores de Khalis para Campo Achraf, sede de um grupo guerrilheiro iraniano. Um porta-voz dos Mujahedins (Guerrilheiros) do Povo, braço armado do Partido Comunista Iraniano, acusou o Irã.

Um carro-bomba tendo como alvo uma patrulha do Exército do Iraque matou 12 pessoas, na maioria estudantes, em um distrito sunita do Norte de Bagdá. Num bairro xiita do Noroeste da capital iraquiana, uma bomba provocou a morte de pelo menos oito pessoas.

Os dois jornalistas eram britânicos. O cinegrafista Paul Douglas, de 48 anos, e o operador de videoteipe James Brolan, de 42, acompanhavam a 4ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos quando o blindado em que iam foi atacado por um terrorista suicida com um carro-bomba no bairro de Karrada, também em Bagdá. Um capitão e um tradutor também foram mortos.

Em Bássora, no Sul do Iraque, dois soldados britânicos morreram ontem com a explosão de uma bomba deixada na beira do caminho por onde passavam.

A onda de violência dominou os debates na Assembléia Nacional, onde os diversos partidos se acusaram mutuamente pela falta de acordo que impediu até agora que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki nomeie os ministros da Defesa e do Interior, fundamentais para restaurar a segurança abalada desde a invasão americana, em março de 2003.

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